General António Joaquim Gomes da Fonseca
1º Visconde de Santa Margarida
N. Cabezas Rubias, Huelva - Espanha a 4/6/1833, filho de João Silvestre da Fonseca (c. 1805-1870) e de sua 2ª mulher D. Juana Andália Gomez Harriero (1813-1848)
F. Beja a 13/6/1904
Está sepultado em Beja, no Jazigo dos Viscondes de Santa Margarida
Casou em S. Tomé (Graça) a 3/7/1864 com D. Margarida de Assis de Freitas Belard (1847?-1924), filha de D. Francisco de Assis Velarde y Romero (Belard) (1823-1892) e de sua 1ª mulher D. Mariana Urbana de Senna Freitas, de quem teve:
- João Lúcio Belard da Fonseca (1866-1906)
- António Belard da Fonseca (1874-1956)
- Fernando Belard da Fonseca (1876-1938)
- Francisco de Assis Belard da Fonseca (1879-1916)
Foi testemunha do casamento o marquês de Viana, D. João Manuel Berquó, por procuração passada ao governador de São Tomé e Príncipe, Estanislau Xavier da Assunção e Almeida.
Deste casamento descendem todos os Belard da Fonseca.
Seguindo o exemplo de seu pai, João Silvestre da Fonseca, que foi tenente do Batalhão dos Voluntários Nacionais de Beja durante as campanhas liberais, assentou praça como voluntário no Regimento de Infantaria nº 11 a 1/4/1847, apenas com 13 anos de idade; foi promovido a alferes, por decreto de 29/12/1856, e logo colocado como 2º tenente das Baterias de São Tomé e Príncipe e ajudante às ordens do capitão Manuel de Saldanha da Gama, governador nomeado da mesma província, mas devido ao facto de o governador ter pedido a exoneração sem ter chegado a tomar posse, acabou por só seguir para São Tomé a 14/1/1858 a bordo da corveta "Goa" na companhia do novo governador, Francisco António Correia.
Já em São Tomé, foi promovido a tenente de Artilharia a 21/11/1861, a capitão a 10/10/1864, a major comandante do Batalhão de Caçadores nº 2 a 23/4/1874, a tenente-coronel a 29/8/1878, a coronel a 2/7/1880 e foi reformado em general de brigada do Exército do Ultramar.
Foi presidente da Comissão Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de São Tomé (1858 e 1866-1867), governador interino da Ilha do Príncipe (17/1/1865 a 5/4/1866 e de 26/4 a 30/7/1867), governador interino da Província (5/7 a 31/10/1867), administrador do concelho de São Tomé (1/3/1867 a 2/3/1868), governador da Ilha do Príncipe, por decreto de 23/8/1870, exonerado por decreto de 17/9/1873, e novamente nomeado por decreto de 30/5/1877.
Condecorações: medalha de prata do Valor Militar, medalha de prata de Assiduidade de Serviço no Ultramar, oficial da Ordem da Torre e Espada (22/7/1870), oficial (6/4/1868) e grã-cruz da Ordem de Nª Srª da Conceição de Vila Viçosa (17/5/1904, menos de um mês antes de morrer), oficial (21/4/1868) e comendador da Ordem de S. Bento de Avis, comendador da Ordem de Cristo (26/4/1877), comendador do Mérito Militar de Espanha e oficial da Legião de Honra de França (24/4/1880)[1].
D. Carlos fê-lo 1º visconde de Santa Margarida, por decreto de 6/7/1893.
Foi também do Conselho de Sua Majestade Fidelíssima, por carta de 16/4/1891. Foi louvado inúmeras vezes pelo modo como se houve no desempenho de diversas missões.
Na altura da sua morte, o seu filho João Lúcio publicou o seguinte poema num jornal de Beja que não consegui identificar:
[1]
A título de curiosidade, refira-se que a Legião de Honra lhe foi conferida pelo governo francês como agradecimento pelo apoio que prestou em São Tomé ao explorador italiano (naturalizado francês) Pierre Savorgnan de Brazza, que em 1880 fundou a cidade de Brazzaville, capital do Congo.
[1] A título de curiosidade, refira-se que a Legião de Honra lhe foi conferida pelo governo francês como agradecimento pelo apoio que prestou em São Tomé ao explorador italiano (naturalizado francês) Pierre Savorgnan de Brazza, que em 1880 fundou a cidade de Brazzaville, capital do Congo.