Dr. Carlos Mantero Belard (I)


N. Lisboa 24/1/1895, filho de D. Francisco de Asis Diego José Maria del Rosário Mantero y Velarde (1853-1928) e de sua mulher D. Maria Amélia Muller Belard (1870-1952)

F. Dublin, Irlanda, 24/9/1980

Casou na capela da Embaixada de Espanha em Lisboa com D. Carolina Maria Zea y Ataolarruchi (1904-1996), filha de D. Antonio Zea y Patero e de D. Maria Joaquina Ataolarruchi, de quem teve:


Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas (U.L.), em Direito e Economia Política (U. Livre de Bruxelas) e em Ciências Económicas (U. Columbia, Nova York). Presidente do conselho de administração da Sociedade Comercial Francisco Mantero Lda. e da Sociedade de Agricultura Colonial, presidente da Câmara de Comércio de Lisboa (1949-1954) e da Associação Comercial de Lisboa, chefe da Missão Económica Portuguesa ao Brasil (1949), director da revista Comércio Português (1949-1955), deputado à Assembleia Nacional pelo círculo de São Tomé (1938-1942 e 1949-1957).

Condecorações: grande oficial da Ordem do Mérito, de Itália, comendador da Ordem de Orange Nassau, dos Países Baixos, comendador da Ordem de Danneborg, da Dinamarca, oficial da Ordem da Legião de Honra, de França, Grã-cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul, do Brasil.

Foi autor de inúmeros discursos, artigos, monografias e relatórios.

Em 1941 adquiriu em Cascais a casa que fora mandada fazer pelo médico D. António de Lencastre em terreno sobranceiro à Praia da Conceição, e que lhe tinha sido cedido pela Duquesa de Palmela. Vendida pelos seus herdeiros em 2000, é hoje a Albergaria Albatroz.


Como curiosidade, reproduzo aqui uma carta sua para o pai, D. Francisco Mantero, expedida de Nova York a 8/8/1917 e recebida a 4/9, existente no Fundo Francisco Mantero do Arquivo Histórico Ultramarino, em que Carlos Mantero Belard comenta a possibilidade de recrutamento nos Estados Unidos de cidadãos estrangeiros no quadro da Primeira Grande Guerra.

Chamo a atenção para o facto de o papel timbrado conter "C. BELARD-MANTERO", à portuguesa, com o nome do pai no fim, o que não é a forma como este ramo da família habitualmente usa o apelido.

Deliciosa também a forma como se despede do pai, "Beija-lhe a mão o seu filho"... Outros tempos!

Carta de Carlos Mantero Belard existente no Arquivo Histórico Ultramarino